Foto: Arquidiocese de Campinas |
Com a recente renúncia do Papa
Bento XVI, foram debatidas diversas questões sobre a religiosidade. Em 28 de
fevereiro, oficialmente às 16h o Papa Bento XVI deixou o papado, passando a ser
Papa Emérito. Os barbacenenses também
foram atingidos por essa notícia, seja em suas paróquias, comunidades seja na
sua vida espiritual, vários foram os questionamentos e solidariedade para com o
Pontífice.
Segundo o Padre Giovanni Silva, Pároco do Santuário da Matriz da Piedade, “O mundo inteiro acolheu essa notícia com surpresa, porque não esperávamos essa atitude corajosa e humilde do Papa Bento XVI. É claro que essa notícia chega ao coração do povo que se encontra nas comunidades locais, é natural porque vivemos num mundo globalizado onde aquilo que acontece longe pode repercutir na vida da comunidade e na vida dos fiéis. Acredito que essa atitude nos ajuda a entender, primeiramente, aquilo que o Papa deseja para igreja, ele foi claro na sua carta dizendo que falta-lhe o vigor físico e até mesmo o vigor do espírito para levar a frente essa grande missão que lhe foi confiada, que é o Ministério Petrino. Portanto o Papa ao renunciar, ele está de certa forma, pedindo que a Igreja continue a sua missão, ele está se colocando em uma atitude de grande humildade pedindo que a ela se abra também às necessidades do tempo de hoje. É uma feliz coincidência o Papa pedir a renúncia justamente no ano que a Igreja está completando 50 anos do Concílio Vaticano Segundo, a atitude dele atinge diretamente no modo de se guiar a Igreja Católica nos dias de hoje. Será necessário se repensar o modo de exercer o Ministério Petrino, os próximos papas certamente irão olhar com muito carinho e respeito essa atitude do Papa Bento XVI.”ressalta o padre.
Para Maria de Oliveira, diarista e participante de diversos movimentos pastorais, foi “uma decisão acertada, sincera e de muita coragem. Estar a frente de uma grande religião, como a Católica, requer muita força e perseverança. Não que o Papa Bento XVI não tenha, mas o fato da enfermidade enfrentada por ele dificulta no exercício do cargo deixado por São Pedro.Vejo que a decisão tomada por ele foi com a melhor intenção possível para a Igreja Católica.”
Padre Giovanni, argumenta que seus fiéis
“reagiram com pesar, incerteza e preocupação com o futuro da igreja. Mas é
necessário pensarmos que a Igreja é guiada pelo Espírito Santo, e o Espírito Santo
guia a Igreja através de pessoas humanas, padres, bispos, papa e leigos. O povo
recebeu com tristeza por perceber que o Papa se encontra em um estado de
fragilidade da sua vida.”
Marcos Paulo, taxista,
aponta “Eu acho que a renúncia foi por problemas de saúde e idade. O Papa tem
muitas atividades e ele estava debilitado. Acredito que a religião não será
afetada, porque eles vão colocar outro que seja mais jovem, para aguentar essa
rotina por mais tempo, independente disso quem for católico continuará sendo.”
Maria de Oliveira concorda “Acho que isso não terá grandes repercussões na
religião. Aliás, nem pode ter. É certo que a figura do Papa é de extrema importância e que muitas decisões da
Igreja Católica partem de lá do Vaticano. Mas, a meu ver, a Igreja Católica
deve se preocupar mais com as bases, com os movimentos pastorais, em promover a
caridade e seguir os passos de Jesus aqui na terra, pois isso que realmente é a
manifestação da fé, e acredito que seja essa a vontade de Deus.A figura do papa é inegavelmente muito importante, mas isso não pode abalar nossa
fé ou nossa crença, sob pena de Deus decepcionar-se muito quanto a nós.”
Bruna
de Faria
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