O desperdício diário de água em SJDR chega a 25%


“Conseguimos driblar a seca do ano passado com a perfuração de dois poços artesianos. Está solucionado o problema? Agora sim, mas amanhã não te garanto". Essas foram as palavras do Diretor de Abastecimento de Água, José Cosme do Nascimento (Zezé), sobre a importância da economia de água na cidade, visto que a crise hídrica em São João del-Rei, apesar de ter uma vertente diferente do restante do Brasil, ainda é preocupante.

Segundo o Diretor, parte considerável da canalização de abastecimento de água da cidade está danificada. As fissuras estariam causando vazamentos nas ruas e vazamentos “não-visíveis” na parte subterrânea da cidade, gerando uma perda de quase sete milhões de litros de água por dia. Zezé acrescentou ainda que existe, na área central do município, um tipo de canalização que pode datar do final do século XIX e que nunca foi trocada.

De acordo com informações do Departamento Autônomo Municipal de Água e Esgoto (DAMAE), o desvio de água chega a representar 25% da vazão diária, que escorre para os rios ou para a própria rede de esgoto. Essa perda seria capaz de atender quase 60 mil pessoas por dia, levando em conta o uso de 110 litros diários, recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

O DAMAE afirmou que a localização dos vazamentos está sendo realizada por meio de aparelhos denominados Geofones, para que seja feita a manutenção da rede. "Está dando grande resultado", assegurou Nascimento. Já os vazamentos nas ruas, a alegação é de que isso acontece devido à pressurização da rede para a distribuição de água em pontos mais altos da região. Afirmou ainda, que já estão ocorrendo algumas trocas da tubulação na cidade com verba própria, aprovada pela Lei Orçamentária Anual (LOA), mas que “não causarão o impacto previsto que a população quer".

O projeto para a melhoria na rede de distribuição de água na cidade, como a troca do material de cano galvanizado ou cano de ferro fundido, conhecido como “cano barbará”, para cano PVC, que possui maior durabilidade que os demais materiais, está prestes a acontecer, mas sem previsão para ser aprovado. De acordo com a assessoria da Prefeitura, o Ministério das Cidades autorizou uma verba que, com uma contrapartida da própria prefeitura, somam mais de 500 mil reais para a realização desse projeto.  Em nota, a assessoria apenas confirmou que o processo licitatório para a contratação da empresa responsável vai começar em breve, apesar de o  edital de licitação ainda não ter sido divulgado.


Cada gota da conta

Levando a sério as campanhas de conscientização, Zeli Maria da Fonseca Silva, moradora do bairro Bonfim, admitiu que nunca faltou água na sua residência, mas que a seca enfrentada pela cidade no ano passado, de fato, mudou sua forma de pensar em relação à economia de água. "Eu gostava muito de jogar água na varanda. Agora eu aproveito a água da máquina de lavar para fazer isso, para economizar. Se está todo mundo pedindo, não sou eu quem vai fugir da regra", ressaltou.

Texto: Jederson Lucas / VAN

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