"Entre todos
os obstáculos físicos, hoje a maior dificuldade enfrentada na delegacia é a
falta de material humano, como psicólogas e assistentes sociais". Essa foi
a confissão da Delegada Alessandra Aparecida Bortolini, responsável pela Delegacia de
violência contra a mulher em São João del-Rei. Nessas seções, pelo fato de
serem especializadas na proteção das mulheres, há um tratamento mais atencioso
e totalmente voltado para o bem estar da vítima.
A lei Maria da Penha veio para atender de
forma mais dirigida os direitos das mulheres; além disso, ela trouxe consigo o
surgimento das delegacias especializadas na proteção à mulher. Infelizmente,
ainda não são todas as cidades que possuem essas delegacias; por isso, os
boletins de ocorrência podem ser feitos normalmente em qualquer departamento de
Policia Civil.
Entretanto, às
vezes, as vítimas não são localizadas, o que atrapalha bastante o processo. A
Delegada ainda contou que algumas vítimas retiram as queixas, após a
instauração do processo, dizendo que foi somente uma briga e que, por isso,
querem desistir do processo. Ela ressalta que, dependendo do andamento do
mesmo, já não se pode retirar a acusação, sobretudo quando há denúncia de lesão
corporal.
Nos plantões
regionais, o delegado pode receber ocorrência de até 18 cidades da área sob sua
jurisdição; depois disso, essas denúncias são encaminhadas para o delegado da
respectiva cidade.
“As mulheres
precisam se conscientizar que seus direitos têm que ser preservados; às vezes,
elas tem vergonha, mas precisam procurar uma delegacia, ou uma pessoa que
saiba, como amigos ou vizinhos, que podem também ligar para o 180”, finalizou.
Nas delegacias
especializadas, o atendimento é feito de mulher para mulher, com um acolhimento
mais preservado. A lei Maria da Penha cita que a abordagem tem que ser feita de
forma transdisciplinar e que são necessárias mais políticas públicas para que a
lei se torne mais eficiente.
“Nós queríamos
que houvesse um centro de referência com um advogado, um psicólogo e uma
assistente social, para que a Delegacia da Mulher não funcionasse lá de forma
capenga”, foi o que afirmou Carlos Bem, diretor da ONG Movimento de defesa da
cidadania e promoção dos direitos humanos.
A empregada doméstica
A.M., afirmou que não se sente mais protegida por haver uma delegacia
especializada em atendimento a mulher. “Há casos que acabam não sendo
resolvidos e as vítimas continuam correndo risco”, declarou.
Feminicídio
Foi sancionada na
última segunda-feira (09/03), pela Presidente Dilma Rousseff, a Lei do
Feminicídio (13.104/15) que considera crime hediondo e crime de homicídio
qualificado todo assassinato motivado por razões de gênero, menosprezo ou
discriminação contra as mulheres. A pena pode ir de 12 a 30 anos e pode ser
agravada se a vítima estiver grávida ou se o e crime ocorrer nos três meses
após o parto.
Onde encontrar
Nome:
entidade:
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Delegacia Adjunta de Repressão a
Crimes Contra a Mulher (DACCM) - São João Del Rei
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Endereço:
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Avenida Leite de Castro, nº 1322 -
Bairro: Fábricas - Referência: Em frente ao batalhão da PM
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Cep:
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36301-180
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Município:
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São João del Rei
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Telefone:
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(32)3379-1056
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Fax:
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(32)3371-2227
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E-mail:
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Texto: Carolina
Monteiro Colombi
Foto: Divulgação
A matéria está muito boa, cheia de fontes e informações importantes, mas faltou o principal. Desde quando SJDR conta com essa delegacia? Onde funciona? Qual o efetivo total? Precisamos de dados. Se a matéria tem como título "Mulheres já contam com delegacia especializada em SJDR", seria interessante trazer essas informações. Se puderem, por gentileza, acrescentar, será interessante para que nós, da imprensa regional, repassemos aos ouvintes e leitores. Achei que ficou um "buraco" no texto. Obrigado.
ResponderExcluirObrigada Rhonan. Já estamos acrescentando as informações.
ResponderExcluirÓtimo! Valeu, pessoal!
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