#EVU - DCE: o Diretório (quase) desconhecido

Foto: Reprodução Facebook

Você já ouviu falar no DCE? Sabe o que significa essa sigla? Onde fica o departamento? Como é sua atuação?

Se sua resposta for “não” a todas as perguntas, não se preocupe. Você provavelmente não é uma exceção. Mas apesar de pouco conhecido, o Diretório Central dos Estudantes da UFSJ tem atuação significante no dia-a-dia dos alunos da universidade.

Nessa matéria você irá conhecer como é o trabalho do diretório, suas conquistas e desafios.

Como Funciona?

Em reuniões semanais, que geralmente acontecem na sala do Diretório no campus Dom Bosco, são levantadas e discutidas pautas trazidas pelos estudantes de diversos cursos. A diretoria é formada por alunos eleitos anualmente e não existem lideranças propriamente ditas. “Somos um grupo que discute questões e chega a um consenso. Por isso a presença de representantes de cada curso é fundamental. São os chamados CA’s” –explica Júlia Louzada, 1ª Secretária do DCE e estudante de psicologia da UFSJ.

CA’s é abreviatura para Conselhos Acadêmicos e cada um tem a função de levar pautas para as reuniões, além de repassá-las ao Diretório Executivo formado por secretários e tesoureiros que, apesar das funções demarcadas, alegam não haver qualquer grau de hierarquia entre eles.

A relação também é simples e direta com a própria Reitoria e com as comissões de trabalho (como a de acompanhamento dos estudantes dos campi fora da sede). Essas comissões, aliás, têm contato direto com os graduandos.

Realizações

Embora durante o calendário letivo surjam muitas pautas vindas dos CA’s, em cada inicio de ano há uma reunião marcada para definir previamente que assuntos serão levados á Reitoria em determinado período. Julia destaca que as questões abordadas nem sempre se restringem à universidade. “As nossas discussões costumam acompanhar as conjunturas nacional e municipal do Movimento Estudantil e tocam em temas políticos que são importantes para os alunos”, diz.

Ela cita como exemplos tratados em 2014 assuntos como o transporte na cidade de São João del-Rei, o plebiscito para uma Constituinte Soberana e o combate à discriminação contra mulheres, homossexuais e negros.

Mas nem só de debates se fez o DCE. Na lista de conquistas do último ano o Diretório ostenta a inauguração de prédios para a moradia estudantil. “Alunos de outras cidades que não têm condições de pagar aluguel ou dividir os custos de uma república agora podem residir em apartamentos mobiliados e comer grátis no Restaurante Universitário (RU)”, comemora a jovem.

O alojamento estudantil no campus CTan foi inaugurado no primeiro semestre de 2014
Foto: ASCOM/Divulgação

Aliás, o RU também é outra conquista associada ao Diretório Estudantil em 2012 em parceria com a Reitoria. Além do Ctan, os campi CCO e Alto Paraopeba foram beneficiados com a chegada dele.

Moradias Estudantis fazem parte da lista de conquistas com participação do DCE
Foto: ASCOM/Divulgação

Relações

O diretor de Assistência Estudantil da UFSJ José Ricardo Braga, destaca a importância que o DCE tem na instituição. “O Diretório é um órgão totalmente independente e que lida com assuntos públicos. Mas o que eu gostaria de chamar atenção é para o fato de conseguirmos construir um laço de diálogo com ele, o que tem sido muito proveitoso por parte da universidade”, garante.

Braga também explica que todas as discussões são feitas em um conselho formado por diversos membros da reitoria e três representantes do DCE. “Nos reunimos pelo menos duas vezes em cada bimestre. Mas quando é necessário, como foi na época do Regimento da Moradia Estudantil, chegávamos a nos encontrar de duas a três vezes por semana”.

A representante do DCE, Julia Louzada, afirma que apesar das divergências em diversos momentos, a relação com a Reitoria é muito positiva. “Politicamente, com essa Reitoria, temos procurado construir o diálogo. Somos sempre convocados para sermos ouvidos quando o assunto é diretamente ligado aos discentes”, frisa.

Com isso, muitos projetos vêm sendo conversados para serem implantados na UFSJ. Um deles, por exemplo, é o “Bolsa Creche”, que deve ser oficializado neste semestre em prol das mães universitárias. Há ainda o “Bolsa Aluguel”, que pretende dar suporte a alunos com situação socioeconômica vulnerável em cidades onde não há moradias estudantis.

Dificuldades

Apesar da lista de conquistas elencada pelo DCE, o Diretório segue pouco reconhecido pelos universitários. “Não conheço o trabalho deles nem sei quem são os membros. O máximo de informação que tenho é em relação a movimentos que buscam a inclusão dos estudantes”, comenta a estudante de Ciências Econômicas Karina de Paulo confessando que, embora resida em moradia estudantil, não sabia da participação do DCE  na efetivação do espaço.

Ainda para a representante do grupo, Julia Louzada, diversos motivos impedem os estudantes de entenderem efetivamente o DCE. O principal deles é estrutural. “O nosso Diretório não possui qualquer tipo de financiamento, ao contrário de outras universidades, o que dificulta a impressão de materiais, como jornais e informativos. Também não podemos realizar eventos e isso atrapalha nossa comunicação com grande parte dos graduandos”, diz – alegando também, por outro lado, que há falta de interesse dos universitários pelo trabalho estrutural da UFSJ.

Quer mudar esse quadro? Se você respondeu “sim” desta vez, o DCE já está nas redes sociais e para entrar em contato basta acessar a comunidade do Diretório no Facebook. Outras informações também estão no site oficial do grupo.

Texto: Thobias Vieira/ VAN

* #EVU - O Especial Vida Universitária é resultado de uma oficina de texto dada pela jornalista Mariane Fonseca para integrantes da Vertentes Agência de notícias e sairá às segundas-feiras até 16/02/2015.

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