Banda Magnatas Show comemora 40 anos


Há muito tempo na estrada, a Banda Magnatas Show, que completa 40 anos, tem muitas histórias para contar. O conjunto começou timidamente com um grupo de jovens entusiasmados pela música e pela tendência de grandes bandas da época, como Beatles, inspirados pelo simples desejo de se unirem para ensaios e formarem um conjunto musical com estilo diferente dos existentes na cidade naquela época. Nesta empreitada, o grupo contou com pessoas importantes da comunidade, tanto no trabalho dos bastidores, quanto nos palcos e na promoção da banda. Flávio Ribeiro, um dos idealizadores, nos contou a história.

VAN UFSJ: A banda sempre teve este nome? Como tudo começou?
FLAVIO: No início, o nome da Banda era “Magnatas do Som”. Porém, no decorrer das apresentações, no fim da década de 90 foi mudado para Magnatas Show, porque o primeiro nome remetia `a sonorização e o atual, trás o objetivo principal pela qual foi fundada,  realização de shows. A Banda foi idealizada por mim no início de 1974, quando eu e alguns amigos resolvemos levar a ideia adiante, com grande apoio do meu saudoso pai, Vicente Ribeiro, que foi nosso provedor - ajudando-nos a comprar os primeiros instrumentos - e do sócio José Alberto da Mata. Nossa primeira apresentação foi em 28 de junho do mesmo ano, na Escola de Mercês de Água Limpa. A banda ainda não estava completa; era eu, Carlos Alberto, Danilo e tivemos a participação do Carlos Henrique, filho do Sr. Cocoza, como cantor. Daí por diante tivemos diversas apresentações em São Tiago, nos clubes e nas escolas. Depois começamos nossas apresentações na região.  Na década de 90, a empresária Rosângela Marques nos levou para fazer shows em vários locais de destaque na capital mineira. Com isso, nossa popularidade cresceu ainda mais.

VAN UFSJ: Qual foi o objetivo de formar primeiramente um conjunto musical?
FLÁVIO: Quando tivemos a ideia de criar a banda, eu e Carlos Alberto sonhávamos em fazer shows, de cantar, de tocar, de animar as pessoas, não só em São Tiago, mas em outras cidades. Na época havia conjuntos musicais famosos, como Beatles. Com isso, nos espelhávamos na performance desses para desenvolver e criar um estilo nosso. E isso deu certo! Fato é que depois disso, fazíamos inúmeras apresentações em quase todos os finais de semana por um bom período.

VAN UFSJ: Quais foram os primeiros integrantes?
FLÁVIO: Começamos eu e o Carlos Alberto com a banda, tampouco já tivemos que ampliar o quadro de músicos. Convidamos para participar o Danilo do Jackson, para ser o baixista, o Antônio Nilson, para ser o guitarrista base, e tínhamos que ter um vocalista base de frente. Com isso, Carlos Alberto, mesmo sendo o baterista, assumiu mais essa função na banda. Com o passar do tempo, convidamos o Messias das Dores, filho do Miguel da Joaninha, para ser o vocalista de frente, e por último, o Dimas Leonardo, para ocupar a função de saxofonista.



VAN UFSJ: A Banda era composta somente de homens? Quando começou a participação feminina no grupo?
FLÁVIO: Algum tempo depois, começamos a fazer shows em festas de casamento, aniversários e eventos variados. Daí surgiu a ideia de colocar mulheres também como cantoras da banda. Embora tenha passado muitas, vamos registrar aqui as primeiras: Vanda do Jandir (em algumas participações), Mara do Cará, Marilda Ribeiro e Istefânia Alves.

VAN UFSJ: A Banda Magnatas foi inspiração para outras bandas?
FLÁVIO: A partir da fundação da banda, várias foram as pessoas que quiseram se inspirar nos Magnatas para fazer as suas. Alguns integrantes que por aqui passaram criaram outras bandas. Tivemos a banda Projétil B, que era formada por garotos que sonham em ser como os Beatles. Nisso, o estilo e a música seguiam `a risca a apresentação de seus ídolos. O grupo Projétil B era composto pelos músicos, Mário Ribeiro (Deuma), Cineu Sousa, Cardoso e Reginaldo Morais (Nalo). Também tivemos outros conjuntos musicais de destaque, como Águias do Som, Escalibur, Novos Rumos e Fogo Fátuo. Na atualidade, outros conjuntos se formaram tendo por inspiração o Magnatas, como a Banda Kimew.

VAN UFSJ: Existem duas pessoas que se tornaram significativas na condução da banda. Quem são elas?
FLÁVIO: Uma delas é meu pai, Vicente Ribeiro, o Nhô, apoiador máximo do empreendimento. Ele conseguiu os primeiros instrumentos, fundou o Clube Magnatas, para nossa banda ter um local próprio para os ensaios e apresentação da banda. Viajou muitos anos com a banda e foi um pai para os Magnatas. Até quando a banda se encontrava sem condições financeiras, o apoio era certo de sua parte, nunca nos abandonou. Sempre ali presente e nos incentivando. Com seu grande conhecimento na área empresarial, por trabalhar com padaria, ensinou-me a administrar os negócios da banda. A outra pessoa é a minha mãe, dona Aparecida Ribeiro. Ela é considerada a âncora principal. Desde antes de iniciarmos a banda, foi ela quem nos motivou a criar este conjunto musical e, após a sua criação e até os dias de hoje, cuida da parte de toda a alimentação e da hospedagem dos músicos, que, atualmente, na sua maioria são de fora. Muitos a chamam até de “mãe”, pelo carinho e atenção dedicada à banda e aos seus músicos.

Texto: Marcus Santiago
Fotos: Arquivo pessoal

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