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Intervenção “Educação na Praça” ocorreu na quarta-feira,
dia 28 de novembro, na Praça da Estação, centro histórico de São João del-Rei.
O objetivo foi despertar na sociedade o questionamento sobre a atual situação
do sistema educacional brasileiro, que recentemente, avaliado entre 40 países,
obteve a penúltima colocação, segundo dados da Pearson Internacional, medidos
pelo Programa Internacional de Avaliação de Estudantes. O movimento procurou
incentivar, por meio da música, artes circenses, distribuição de panfletos e
elaboração de camisas, a mobilização social da cidade para diversas causas
relacionadas à educação, como cotas, acesso a cultura, alfabetização,
transporte e assistência estudantil.
“Esperamos que as pessoas reflitam o modelo de
educação que eles querem para o país. A educação não é uma prioridade no
Brasil”, afirma o coordenador
do movimento estudantil e estudante de história da UFSJ (Universidade Federal
de São João del-Rei), Marcos Bertachi.
Desde
o governo do ex-presidente Lula, diversas políticas de melhoramento da educação
e acessibilidade ao ensino superior vêm sendo tomadas, como os programas
Prouni, Sisu, Reuni e o Programa de Desenvolvimento da Educação. Com o aumento
da oferta de vagas nas instituições federais de ensino, os estudantes agora
enfrentam outro problema: a permanência. “É
difícil entrar na universidade, mas é mais difícil continuar nela”, relata
Késsia Veras, estudante de psicologia. “Apesar
dos avanços dos últimos anos, ainda precisamos de políticas que sejam mais
universais na assistência estudantil da UFSJ. Um RU (Restaurante Universitário)
é bom, mas precisamos que sejam criados outros. O REUNI trouxe novas vagas, mas
não trouxe a assistência estudantil como um todo. A pessoa precisa ter
condições de ficar na universidade, não é só entrar. Para São João esse debate
cabe muito ainda”, avalia.
Geunice
Tinoco, diretora da divisão de assistência e ações afirmativas da UFSJ,
reconhece que no aspecto de auxílio estudantil a instituição tem muito a
melhorar e principalmente crescer: “A
universidade cresceu muito nos últimos anos, ela triplicou seu número de
alunos e a partir do ano que vem teremos um aumento dessa demanda. Nós vamos
começar a praticar os 50% de cotas. O que significa que a universidade vai ter
50% dos seus alunos oriundos de escolas públicas”.
Geunice ainda explica que a escolha de fazer no
Ctan se deu pela questão do espaço físico: “O Ctan é maior e tem maior
perspectiva de extensão e crescimento em termos de criação de novos cursos. Só
que agora já temos uma comissão de assistência estudantil que é formada por três
membros da Pró-reitoria de assuntos estudantis e três representantes dos alunos
que são indicados pelo DCE. Já temos uma discussão com reitoria também, que os
outros campi vão ter dois refeitórios, não vão ser RU porque a comida vai ser
produzida no Ctan, transportada e distribuída no Santo Antônio e no Dom Bosco.
Nos campi fora de sede, vamos demorar um pouco mais na política de
construção de RU. A demanda é menor e não justifica o investimento tão grande
neste momento. Nesses campi srá mantida a assistência através da contratação de
restaurantes e fornecimento de tickets alimentação”.
Origem
do Levante Popular da Juventude
Reportagem e fotos: Marlon Bruno de Paula.
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