Estimular o hábito pela leitura em crianças nem sempre é uma tarefa fácil, mas esse é o objetivo do projeto Vacina Literária, desenvolvido por uma escola infantil e uma livraria da cidade de São João del-Rei . Alternando os finais de semana, os coordenadores do projeto montam barracas na Avenida Presidente Tancredo Neves, que se transformam em verdadeiros espaços literários, agradáveis e estrategicamente confortáveis para despertar o interesse de crianças que passarem pelo local, como aconteceu no último dia 5.
Participante do projeto, a pedagoga Ellen Pereira revela que esta não é uma ação inovadora, mas sim rotineira, já que na escola em que trabalha o contato com os livros é sempre estimulado. Além disso, segundo ela, é muito importante introduzir no ambiente escolar métodos pedagógicos alternativos, como os bonecos Lenita e Lenato, que ajudam a prender a atenção do aluno e transformar a leitura em uma experiência agradável. ´“Lenita e Lenato são bonecos que, se agendados podem ser levados para a casa do aluno com seus objetos de higiene, pijama e um livro. Daí a intenção que a criança cuide dos bonecos e leia a história para eles” explica.
Outros instrumentos criados para as crianças são o Doutor Literário e a Capa Mágica. Enquanto um distribui sorrisos e adesivos pelo centro da cidade, o outro projeto pedagógico incentiva o aluno a levar uma capa para casa e criar uma história para ser contada a classe no dia seguinte. Com essas iniciativas criativas a escola percebeu um interesse muito grande de alunos e um crescimento na procura por livros dentro das salas.
Estimulando a Leitura
Ellen Pereira definiu o número de participantes do projeto como satisfatório. Segundo ela, foi possível perceber o interesse dos pais em levar os filhos para participar da iniciativa. “Uma mãe disse que pão e livro a gente não nega” conta. Raquel Rosa, que encarna o Doutor Literário, relata que mesmo que os impactos na leitura infantil do município sejam pequenos, o projeto demonstra ser um grande passo para construção de novos leitores e o mais importante, rompe com a tradição estática do país em não se preocupar com o incentivo a leitura.
Reportagem: Marlon Bruno de Paula.
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