#EVU - Número de alunos intercambistas em Humanas é quase 200 vezes inferior ao de Exatas


Todos os anos, cerca de 240 mil pessoas deixam o Brasil para frequentar algum curso no exterior. Na Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ), isso acontece através de programas como o Ciência Sem Fronteiras (CSF) e o Programa de Intercâmbio Acadêmico Internacional (PAINT), que oferecem bolsas de estudos aos graduandos que buscam qualificação fora do país. Aliás, falamos um pouquinho sobre os dois aqui.

Apesar das vantagens em ambos, um fato chama a atenção: o número de estudantes de Engenharias e Ciências Exatas que viajam pelos programas é consideravelmente maior que o número de alunos intercambistas representando áreas de Humanidades.

Nos anos de 2013 e 2014 na UFSJ, por exemplo, cerca de 640 universitários viajaram pelo Ciência Sem Fronteiras, que exclui cursos das Ciências Humanas e as Ciências Sociais Aplicadas. Pelo PAINT – programa que foi criado para atender também às demais áreas – viajaram, no mesmo período, somente 39 alunos. 

Reitoria

No programa Ciência Sem Fronteiras, que é uma iniciativa do Governo Federal, as bolsas são destinadas exclusivamente às áreas de Engenharias, Ciências Exatas e da Terra, Biologia, Ciências Biomédicas e da Saúde e Computação, entre outras tecnologias. Segundo a reitora da UFSJ, Valéria Kemp, isso acontece porque em um primeiro momento a ideia do governo era priorizar essas áreas. “Nós compreendemos que estrategicamente isso faz sentido no nosso país pensando nesse caminho do desenvolvimento tecnológico e da inovação. E acho que isso é importante”, comenta.

Mas a reitora também destaca a importância das Ciências Humanas e comentou sobre a iniciativa do PAINT, que surgiu para valorizar os estudantes de outros setores, complementando a iniciativa de incentivo ao intercâmbio. Kemp ainda explica sobre a possibilidade de um acordo com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais, a Fapemig, visando estender a iniciativa: “Temos a chance de negociar com uma agência de fomento que apoiou essa nossa ideia, ampliando possibilidades. Para mim, é exatamente isso que temos que fazer. Ao invés de negar que uma área tenha vantagens, precisamos tentar igualá-la às outras”.

Texto: Richardson Freitas

* #EVU - O Especial Vida Universitária é resultado de uma oficina de texto dada pela jornalista Mariane Fonseca para integrantes da Vertentes Agência de notícias e sairá às segundas-feiras até 16/02/2015.

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