FELIT promove lançamento do Livro “Na Beira de Linha” e encontro com autores de Literatura Fantástica


O homenageado do VIII FELIT, Carlos Heitor Cony, esteve presente nesta quinta feira (4), no Teatro Municipal para o lançamento do livro “Na Beira de Linha”, escrito pelos alunos da oficina de jovens escritores. Cony, e autores da obra participaram de uma conversa em que puderam trocar experiências.

O professor do curso de Letras da UFSJ e um dos responsáveis pela oficina, José Antônio Resende, explicou como foi o processo de construção do livro: “Partimos do romance ‘Quase Memória’, do Cony, e dali tiramos inspiração para nosso livro. O ‘Na Beira da Linha’, conta a história de um bilheteiro que trabalhou na rede ferroviária de São João del-Rei por 30 anos, desde a década de 50 até 1980. No seu último dia de trabalho, ele faz uma retrospectiva de tudo que viveu ali. Andando de vagão em vagão, ele relembra histórias, pessoas, que de alguma forma, foram importantes." 

Sobre o FELIT, José Antônio salienta: “O Festival homenageia um autor significativo para o país. Além disso, o FELIT tem como compromisso formar leitores e jovens escritores.”

Os jovens autores Isabela Domingues (15) e Pedro Augusto Silva (15), disseram estar muito felizes com  o resultado final do livro. “Durante os quatro meses de Oficina, não trabalhamos só com a escrita, mas principalmente com a imaginação. Estamos muito felizes com o livro que escrevemos. Temos apenas 15 anos e conseguimos escrever um livro. O que nos vem à mente neste momento é ‘somos capazes’”.

Isabela e Pedro ainda mostraram interesse em escrever outros livros: “Deu vontade de escrever um livro sozinho. Nós já sabemos como se faz, isso nos ajudará muito. Agora, quando pegarmos um livro para ler, entenderemos o que está por trás daquela história, todo trabalho  e dedicação daquele autor.”

Literatura Fantástica

 O romancista, editor e roteirista Rhafael Draccon e a jornalista e escritora Carolina Munhoz foram os convidados do terceiro dia do FELIT. O evento aconteceu no Teatro Municipal e assunto da noite foi Literatura Fantástica.  Nuno Manna, mediador da conversa, salienta: “O gênero está cada vez mais em voga, destaque, em um cenário efervescente, principalmente nos últimos 20 anos”.

 Sobre os leitores brasileiros, Rhafael Draccon,  avaliou o número de leitores no Brasil. “Para o tamanho do nosso país, a porcentagem de leitores é pequena. Só que nosso país é tão grande que o número acaba sendo equivalente a outros países.” Afirmou o escritor.
Carol Munhoz, que já tem 9 anos de carreira, trabalha no seu novo projeto em parceria com a atriz Sophia Abrãao, obra intitulada: “Reino das vozes que não se calam”, em um contexto que mistura realidade com a fantasia.

 Draccon, compara a fantasia á uma metáfora espiritual. Na opinião do jovem autor, “escrever é uma profissão que requer estudo, um trabalho contínuo”. Ambos escritores prezam pela interação e contato com o leitores.

Carolina afirmou que a literatura fantástica tem o poder de trazer jovens para o hábito de ler. “O primeiro livro que li foi Harry Potter e foi a fantasia que me fez entender melhor a realidade que eu vivia”

Luciana Lopes Nascimento, 10 anos, presente na palestra e que tinha em mãos o livro Fada, de Carolina Munhoz, afirmou: “Me identifico, me sinto como uma das personagens do livro”. Ela começou a ter contato com esse gênero literário desde os 6 anos de idade.

 A plateia participou através de perguntas, que foram atendidas pelos escritores. O encerramento se deu com a sessão de autógrafos.

Veja como foi:





Texto: VAN/ Barbara Barreto, Camilla Silva e Thaís Andressa
Foto: Suellen Jacques

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