Tiradentes não quer ser alojamento de trabalhadores da Mendes Junior


O prefeito da cidade de Tiradentes (MG), Ralph Justino, nega a participação do executivo no abaixo-assinado que foi postado recentemente na página eletrônica da prefeitura contra a chegada de 400 trabalhadores da empresa Mendes Junior a serem alojados no municipio. Segundo Justino, o documento foi elaborado pelo Conselho de Turismo (COMTUR) e  outras entidades locais e que, tanto o nome da prefeitura, quanto a postagem no site, foi um equívoco. 

Esse abaixo-assinado surgiu de  uma mobilização de entidades civis da localidade contra a decisão da Mendes Junior de alojar seus funcionarios em Tiradentes, até dezembro deste ano. Contratada pela Holcim para expansão de sua unidade em Barroso, a Mendes Junior mudara a hospedagem dos  seus funcionarios, devido a problemas nos alojamentos originais da empresa. Entretanto, várias entidades representantes da sociedade, juntamente com o (COMTUR) e o executivo, se opuseram à instalação dessas pessoas e, em reunião,  decidiram pela criação do abaixo-assinado. 

A ex-presidente do COMTUR, Mariana Cavalcanti, disse que foram realizadas três reuniões sobre o assunto, acrescentando que “a empresa Mendes Junior agiu de má fé, não comunicando que os 400 trabalhadores ficariam alojados em Tiradentes”.

Adicionalmente, o prefeito Justino relata que, em reunião com as entidades e o representante da Holcim, 
Pedro Luck, foi decidido que os trabalhadores seriam realocados em outra cidade, já que Tiradentes não teria estrutura para comportar um aumento populacional de 10%. 

Apesar disso, alguns trabalhadores da Mendes Junior afirmam que o abaixo-assinado foi criado porque as entidades temiam danos ao turismo regional, razão pela qual os comerciantes tiradentinos agiram de maneira preconceituosa. 

O Instituto Estrada Real e a Trilha dos Inconfidentes, cujos nomes constam do documento postado, alegam não terem participado de nenhuma reunião para discutir a questão da elaboração do abaixo-assinado contra a permanência dos trabalhadores na cidade. A Associação Empresarial de Tiradentes (ASSET) alega que o documento não foi postado pela associação, mas não afirma e nem nega a sua participação.

Em contrapartida, um morador, que não quis se identificar,  afirma que as justificativas do documento são frageis e sem cabimento, visto que a cidade não tem problemas em receber 400 turistas em finais de semana. Pondera ainda que o “problema é por que são peões, pois se fossem engenheiros a história seria outra”.

Questionada sobre o assunto, a empresa Holcim afirmou que a “contratação e alocação de colaboradores da obra de expansão de sua unidade em Barroso são de responsabilidade da empresa Mendes Junior” que, até o fechamento dessa matéria, não tinha se pronunciado sobre o assunto. 

VAN/Sílvia Cristina dos Reis e Willian Carvalho
Foto: Redes Sociais

Um comentário:

  1. Como diz um morador PEÂO e não engenheiro....Essas elites querem dominar a cidade De Tiradentes acham que podem tudo ,chegaram a cidade e expulsaram os nativos mandando-os para a periferia é um absurdo em cada 10 Turista que visitam a cidade 9 diz que foi extorquido e um diz que foi roubado..É brincadeira querem até levar o trem de São João Del Rei

    ResponderExcluir



Zuenir Ventura no 8º Felit


Veja mais vídeos da região do Campo das Vertentes




 


DEPENDENTES DAS TECNOLOGIAS


Veja mais vídeos da região do Campo das Vertentes