A vida nas cidades do interior é marcada
pela tradicionalidade do estilo de vida bucólica. A vivência de costumes marca
uma moral social e moradores demonstram a sua satisfação ao viverem com
simplicidade, como no passado, quando não se precisava de muito para ser feliz.
Bastava haver o necessário para viver, um trabalho para se manter, amor para se
ter e uma família para se conter.
Para uma comunidade, essa vivência é sagrada e não pode ser profanada. Tradições são uma continuidade de algo em que se acredita, se espera, se realiza. Não há “atraso” na vida simples de moradores do interior, e sim há algo que vale a pena viver... Família, porto seguro; Igreja, lugar de orações e de fé; Escola, lugar de aprender.
Na singela vida interiorana, as pessoas têm fé e rezam, respeitam o que é sagrado, tomam a bênção do padre, dos pais, dos tios, dos padrinhos. Professores são líderes e singulares por ensinarem para a vida. Todas as pessoas da comunidade, até o último momento de suas vidas, são especiais. Todas têm uma história pelo o que fizeram, ou pelo o que não fizeram devido a suas limitações, mas que se tornaram igualmente singulares.
Para uma comunidade, essa vivência é sagrada e não pode ser profanada. Tradições são uma continuidade de algo em que se acredita, se espera, se realiza. Não há “atraso” na vida simples de moradores do interior, e sim há algo que vale a pena viver... Família, porto seguro; Igreja, lugar de orações e de fé; Escola, lugar de aprender.
Na singela vida interiorana, as pessoas têm fé e rezam, respeitam o que é sagrado, tomam a bênção do padre, dos pais, dos tios, dos padrinhos. Professores são líderes e singulares por ensinarem para a vida. Todas as pessoas da comunidade, até o último momento de suas vidas, são especiais. Todas têm uma história pelo o que fizeram, ou pelo o que não fizeram devido a suas limitações, mas que se tornaram igualmente singulares.
Certa vez, na histórica São João del-Rei,
observava uma urna que vinha carregada por homens num cortejo fúnebre, que
dividia a metade da rua com carros cujos motoristas nem pensavam em parar e respeitar aquela
família enlutada, que chorava o seu ente querido. Nem nesse momento se
respeitava a dor de uma pessoa que partira, fosse essa rica, pobre, de família,
indigente. O comércio se mantinha com suas portas abertas e as vendas de vento
em popa... Carros com um som estrondoso de propagandas que ninguém já nem
presta atenção, de tanto repetir. Tudo muito oposto do interior, que se
solidariza com a família, silenciando lojas, baixando portas, possibilitando
que esse momento de recolhimento traga para a família uma paz, pelo menos nesse
momento de dor.
A tecnologia e a libertinagem que a vida às vezes oferece, e o forte apelo que a mídia faz em todos os sentidos nos dias de hoje, desfocam o que havia de ingênuo e puro na vida utópica do interior. Essa mudança traz algum ganho para a sociedade atual? Pensamos que não! O corre-corre em demasiado ainda é grande! Todos estão atrasados e sempre afoitos, ansiosos por preencher as lacunas daquela sensação de “dever não cumprido” e pela preocupação sobre o que será feito no dia seguinte. Pobres de nós! Escravos do tempo e da obrigação! Onde fica o amor e a familiaridade, o estar junto com o outro? Seria “careta” viver o sabor do interior que - tão simples! - não requer muita coisa para se ser feliz?
VAN/Marcus Santiago
Foto: Fernanda Rezende
Nossa que interesse esse paralelo com o passado e presente. Disse tudo. A vida do interior é muito rica mesmo. O seus costumes trazem sim um lição de vida.
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