A ansiedade e a depressão são diagnósticos que podem ter uma série de justificativas, junto a situação da vida moderna que facilita sentimentos como aflições e frustrações, que contribuem para o resultado. Entretanto a descoberta de drogas antidepressivas e calmante trouxe um avanço importante para o entendimento de possíveis doenças.
Porém, nos últimos anos o uso de medicamentos calmantes e antidepressivos cresceu de forma considerável. Em Ritápolis, foi realizada uma avaliação sobre esse crescente uso, levando em conta a forma de vida das pessoas da tranquila cidade do interior. “Acontecem em muitos casos aqui de pessoas confundirem sintomas e acharem que precisam de um medicamento como: mulheres no início do climatério (menopausa), idosos com insônia”, explica a acadêmica Mariana de Almeida Belo.
O resultado da pesquisa feita por estudantes de medicina da Faculdade de Medicina de Barbacena surpreendeu, segundo o artigo. “Comparativamente os estudos realizados sobre o uso de psicofármacos nos municípios de Botucatu-SP, Camacho-MG, Coronel Fabriciano-MG e Pelotas-RS, o presente estudo evidenciou que Ritápolis apresenta proporcionalmente maior número de usuário de pelo menos antidepressivos”.
Segundo a médica Jaqueline de Castro Ferreira, a situação pode ocorrer por vários motivos. Alguns deles são a idade dos usuários, que possuem quarenta anos ou mais, pela falta de atividades cotidianas, falta de saber lidar com problemas emocionais, ociosidade da população ou até mesmo indicações indevidas de medicamentos.
“Considero muito importante o uso desses medicamentos, eles me acalmam me tranquilizam. E na falta deles eu fico nervosa, chorando atoa, trêmula e até roborizada”, conta Elida Maria Santos que faz tratamento com o antidepressivo Rivotril. “Eu faço uso á pelo menos 10 anos desse medicamento, e sempre aumentando a dosagem, hoje eu não consigo viver sem”, completa.
O objetivo da pesquisa realizada foi apresentar possibilidades de alternativas de tratamento a fim de diminuir o uso de medicamentos. “Em Ritápolis está previsto implementar o Projeto ‘Bem Viver’ do Governo Federal, que contará com psiquiatra, psicólogo, terapia ocupacional, neurologista, possibilitando a população novas formas de tratamento na intenção de evitar o uso de medicamentos”, explica a acadêmica do posto de saúde da cidade, Mariane Manso Musso.
VAN/Rhafaela Resende
Foto: Reprodução
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