Foi fundado no dia 27 de outubro, em uma Assembleia Geral, na cidade de Ritápolis o Instituto Histórico e Geográfico – IHG -, responsável por pesquisas e estudos sobre diversas áreas do saber humano. A instituição contribuirá para o acervo da cidade e para preservação e desenvolvimento em pesquisas sobre a história local.
O organizador do Instituto e advogado Frederico Guimarães explica que já havia sentido falta de um IHG em Ritápolis. “Quando foi instaurada a ação judicial para promover o registro de nascimento tardio do de Tiradentes, o juiz responsável pelo caso colheu manifestação dos institutos de São João del - Rei e de Tiradentes, não havendo instituição ritapolitana que pudesse opinar”, explica Frederico, que completa: “Tendo em vista a necessidade de termos o Instituto, nós reunimos um grupo de amigos para efetivar a fundação do IHG, através de elaboração de uma proposta de estatuto e convocação de uma Assembleia Geral”.
Segundo Cinthia Amaral dos Santos, especialista em História do Brasil, Administração Pública e Gerência de Cidades, a criação de qualquer órgão não governamental que fomente o incentivo, a proteção, a conservação e a organização do Patrimônio Histórico e Cultural de uma cidade é, sem dúvida, uma grande conquista. “Primeiramente porque parte da vontade do povo, sendo uma iniciativa popular e não imposta, mostrando um amadurecimento da sociedade e a necessidade que esta tem de se conhecer”, afirma Cinthia.
Para a estudante de Geografia da UFSJ Ana Lara Resende, o IHG preserva a história local. Ela afirma que “Ritápolis tem uma valiosa história e geografia, que merece ser reunida e relembrada. As pesquisas e estudos podem e devem ter o apoio de toda a população que, naturalmente, contribui com essa criação”.
Opinião semelhante à de Cinthia, que entende que a criação do Instituto em Ritápolis é o início de um processo de valorização do patrimônio local. “O nosso acervo é muito rico e está disperso, nas ruas, nas casas, nas famílias, nas lembranças das pessoas e, até mesmo, em outros municípios, sendo necessário, então, organizar para preservar”, completa.
Com relação às pesquisas e estudos, Frederico lembra que não há uma predeterminação. “Vai depender do tipo de estudo ou pesquisa que se pretende. Para desenvolver essas atividades, o IHG poderá se valer, por exemplo, de análise de documentos históricos, entrevistas com pessoas, parcerias com órgãos públicos, manutenção de arquivos próprios (livros, fotos, documentos etc.), mesas-redondas, debates, dentre outras. O importante é compilar todos os achados, fatos e documentos para divulgação e preservação da memória ritapolitana”, explica o organizador do IHG.
VAN/Rhafaela Resende
Foto: Marcus Santiago
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