Estudantes e turismo movimentam economia são joanense


As cidades históricas sempre foram lugares fortemente frequentados por turistas devido à cultura nelas enraizada. Os traços do passado são atrativos para muitas pessoas. Detalhes como a arquitetura, os museus, as ruas de pedras colocadas por escravos, representam um diferencial característico. São João del-Rei é uma dessas cidades e  possui mais de 300 anos de história, sendo algumas das suas principais atrações os museus, igrejas e o teatro, que tornam o turismo fonte econômica da cidade.

São João del-Rei faz parte do circuito da Estrada Real. Este foi aberto pela realeza portuguesa para levar o ouro da antiga Villa Rica (atual Ouro Preto) até o litoral de Paraty, no estado do Rio de Janeiro. Com o fim das atividades mineradoras, a rota passou a se sustentar principalmente da atividade turística. Atualmente, hotéis, pousadas, cafés, bares e restaurantes são repletos de turistas que vêm de diversos cantos do Brasil e do mundo em busca dessa riqueza cultural e acabam gastando um valor significativo para a economia da cidade.
Mariana Resende , superintendente da Secretaria de Turismo de São João del-Rei,  diz que, sem dúvidas, o turista deixa mais dinheiro na cidade do que a mesma gasta com ele.  Ainda ressalta que o investimento no turismo gera retorno em cadeia. “Quando se tem a atividade turística desenvolvida, todos os outros setores da cidade estarão ganhando também”, afirma.
Para a economista e professora do curso de Ciências Econômicas da Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ) Daniela Almeida, a cidade carece de estudos para comprovar a rentabilidade do turismo para o município. Além disso, a professora relata que a universidade e o número de pessoas ligadas direta ou indiretamente à mesma movimenta muito mais o lado econômico da cidade do que o próprio turismo.

O proprietário de um restaurante, Tadeu Claudio, reclama da falta de orientação para os turistas, como mapas, guias e até mesmo infraestrutura na cidade para recebê-los. O comerciante avalia ainda a necessidade de mais melhorias, inclusive para atrair mais estrangeiros. “Se tiver mais turistas, venderemos muito mais”, declara. Segundo Claudio, julho é o mês com maior movimento turístico, em decorrência das férias e do Inverno Cultural da UFSJ.

VAN/ Iolanda Pedrosa
Foto:Iolanda Pedrosa

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