Projeto “Andrelândia Saudável” promove resgate da autoestima dos andrelandenses


A população andrelandense acima de 60 anos ou que sofre de hipertensão e diabetes possui uma nova opção de tratamento, além de medicamentos. O projeto “Andrelândia saudável” busca melhorar a qualidade de vida dessas pessoas através da prática de atividades físicas.
Com uma equipe formada por uma professora de educação física, fisioterapeutas e agentes comunitários de saúde, o projeto nasceu há dois anos e faz parte do Programa Federal Prática Corporal e Atividade Física, voltado para pessoas com problemas de hipertensão e diabetes de qualquer faixa etária, além de idosos. O projeto beneficia cerca de cem pessoas e para participar basta comparecer ao local onde os exercícios são realizados e efetuar a inscrição. Durantes os encontros, os participantes realizam atividades físicas assistidos pela professora de educação física e a fisioterapeuta, contando também com o controle da pressão arterial e da glicemia realizados pelo agente de saúde.
O projeto obtém resultados além do controle da hipertensão e diabetes, como ressalta a educadora física, Cleidiane de Fátima Almeida Silva: “Existem pacientes que foram orientados a entrarem no projeto como alternativa de cura para depressão e já relataram ser um tratamento mais eficaz do que o uso de medicamentos. O convívio social gerado pelo encontro durante os exercícios físicos é ótimo para essas pessoas”. Ela ressalta também outras melhorias trazidas pelas atividades físicas e notadas nos participantes como uma melhor flexibilidade, autoestima elevada e raciocínio mais rápido. O agente comunitário Rubley Vinícius Campos da Silva chama atenção para o avanço significativo na prevenção e promoção à saúde deste publico: “Esse projeto recupera a saúde física e mental do idoso, proporcionando uma melhora na qualidade de vida e uma oportunidade de envelhecer saudável”.
Os idosos participantes do Andrelândia Saudável mostram que a vida pode ser melhor na terceira idade com a prática de atividade física atrelada a medidas preventivas de saúde. Nair de Paula Melo relata que “não há ninguém que fale mal do projeto, ele só nos traz benefícios. Antes eu não calçava meu próprio tênis, tinha a coluna travada, hoje até as dores sumiram”. Sua filha, Lourdes Margaret de Melo e Souza, completa: “As professoras dão toda a atenção para os problemas deles, minha mãe manteve a vida, se manteve ativa e hoje faz de tudo em casa com um humor ótimo”.
A iniciativa foi além do esperado. Os participantes encontraram, além de atividades físicas e exames preventivos, um momento de distração, convívio social e um resgate da autoestima, como revela a fisioterapeuta Fernanda Oliveira Alcântara: “Pelo projeto a gente mostrou que ainda há vida e que eles podem viver bem”.

Reportagem: Caroline Araújo.
Foto: Cleidiane Silva.

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