É comum ouvir dizer que no Brasil
já não existe mais racismo, preconceito ou discriminação. Ao mesmo tempo é
impossível negar a expansão das diferenças sociais e econômicas sofridas pela
sociedade no decorrer dos séculos. Os sanjoanenses acreditam que não há
diferença, que brancos, negros, mulatos e morenos são todos iguais. Essa
relativa igualdade pode ser positiva, mas às vezes acaba por
obscurecer ainda mais o problema.
O preconceito racial no Brasil
faz parte da sua história, do seu passado escravista, uma abolição que pouco
modificou a situação dos negros da época, que se reflete até hoje na
permanência dos negros nas funções submissas. A abolição não significou a real
libertação dos negros, tendo em vista que, para sobreviverem, ainda tinham que
estar subalternos.
Costuma-se acreditar em um convívio racial harmonioso, acreditando-se,inclusive, que em nosso país não existe distinção de raças devido à mestiçagem. Mas não é bem assim, no dia-a-dia podemos notar que a maioria dos pobres são negros. Percebe-se também, que o mais difícil é admitir-se preconceituoso, mas atitudes inconscientes nos revelam um racismo encoberto, manifestado em pequenos gestos. O racismo se apresenta nas mais diversas formas, seja na educação, cultura, trabalho etc.
Costuma-se acreditar em um convívio racial harmonioso, acreditando-se,inclusive, que em nosso país não existe distinção de raças devido à mestiçagem. Mas não é bem assim, no dia-a-dia podemos notar que a maioria dos pobres são negros. Percebe-se também, que o mais difícil é admitir-se preconceituoso, mas atitudes inconscientes nos revelam um racismo encoberto, manifestado em pequenos gestos. O racismo se apresenta nas mais diversas formas, seja na educação, cultura, trabalho etc.
Segundo a integrante
do Grupo de Inculturação Afro-descendentes Raízes da Terra, Vicentina
Neves Teixeira, a equipe ainda não possue uma sede formada para
poderem receber denúncias e informar, pois apesar de serem
beneficiados pela Lei de Utilidade Pública, não recebem verba. Para ela, as
pessoas da cidade, inclusive o prefeito e os secretários defendem que há uma
igualdade, que ninguém é branco e ninguém é negro, porém ela ressalta que
esta realidade é ilusória, já que eles sofrem preconceito com grande
frequência.
Pode-se ver que o mito da democracia
racial ainda existe no Brasil, mas que não tem fundamento, pois o racismo ainda
é prática visível em nossa sociedade e merece que várias forças se voltem para
sua erradicação. A discriminação é evidente em todos os segmentos da nossa
sociedade. Contudo é inegável a herança africana na música popular,
religião, culinária, folclore e nas festividades populares. O povo negro
sofreu, mas trouxe consigo características que não se perderam com o tempo e
permanecem até hoje marcadas na diversidade brasileira.
Reportagem: Nara Nunes.
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