O mês de Outubro começou diferente. Com o início da 41º
edição do horário de verão no Brasil, a rotina dos barbacenenses se modifica.
Para algumas pessoas a mudança de horário não se resume apenas ao adiantamento
em uma hora no relógio, mas a uma adaptação que às vezes demora um tempo significativo
que varia entre dias e/ou até meses.
Seis horas da manhã o relógio desperta. Hora de levantar, arrumar
café, acordar os filhos para ir para a aula. ... Nada de diferente na rotina
diária da dona de casa Teresa Lino da Cruz Santos, não fosse a escuridão. Na
realidade, são cinco horas da manhã e “a adaptação é complicada nesses
primeiros dias”, diz Teresa. “A adaptação é difícil pra mim, mas pior é para meus
filhos que tem muita dificuldade para acordar cedo”, frisa a dona de casa e mãe
de dois adolescentes de 13 e 15 anos, que estudam no período da manhã.
Dificuldade similar também enfrentada pela estudante do curso de
Direito, Lorena Carla de Oliveira Augusto, que mora em uma cidade e estuda e
faz estágio em outra. “Acho o horário de verão um transtorno, pois afeta muito
minha vida. Chego da faculdade quase onze e meia da noite, e às seis horas da
manhã levanto para ir para o estágio.” A estudante, moradora de Carandaí, que
estuda e estagia em Barbacena acha que “deveria haver uma outra forma de economizar
energia.”
Alguns tipos de profissão são mais afetadas do que outras. No caso
de Xaiene Aparecida Gonçalves Ribeiro - que trabalha numa padaria e às cinco da
manhã tem que estar no local de trabalho - a alteração é ainda mais brusca.
“Chegar no serviço `as cinco já é difícil. Imagina às quatro”, brinca Xaiene,
lembrando que, com o horário de verão, ela tem de acordar `as três da manhã.
Entretanto, se para uns o horário de verão é um tormento para
outros constitui até uma vantagem. Como às seis horas, o final regular do
expediente, ainda está claro várias pessoas aproveitam para fazer atividades
físicas ao ar livre. O fisioterapeuta Mateus Linhares de Carvalho aproveita a
luz natural para correr na avenida da cidade. “Eu e minha esposa sempre fazemos
exercícios na academia, mas com o horário de verão saímos mais cedo e, ao invés
de fazer a caminhada na esteira, fazemos ao ar livre”, diz ressaltando que “o
dia parece render mais e a disposição aumenta.”
Segundo a
médica Greice Kelly Terra Santos, alguns cuidados ajudam na adaptação:
- “São
cuidados simples que fazem com que o organismo não sinta tanto a mudança” diz:
- Evite praticar esportes
competitivos e exaustivos à noite, pois a agitação deles pode dificultar o
sono.
- Nada de comer exageradamente no
jantar: estômago muito cheio é sinônimo de noite mal dormida.
- Banhos quentes ou frios demais
também atrapalham.
- Para quem toma insulina, se a
medicação é aplicada ás 8h, mude para 9h no horário de verão. Seu corpo,
acostumado com a dose, não tem consciência de que os ponteiros mudaram.
- Para hipertensos, por exemplo, não
faz muita diferença se o medicamento for ingerido às 8h, em qualquer dos
dois horários. De qualquer maneira, o recomendável é consultar o médico
que prescreveu o remédio.
Texto: Renato Brunelli Caldas
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